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Freire.

sábado, 24 de agosto de 2013

trajetória da disciplina de Educação Física - séc. XIX a 1996

Este trabalho sobre a trajetória da disciplina de educação física, foi feito por mime por mais duas colegas da universidade, sob a orientação da professora da disciplina de Currículo  espero que este trabalho contribua para sua pesquisa.
Acadêmicas: Andrieli Dal Pizzol, Erica Krupek e Daniele Fernanda Ribeiro.                           
     4º Pedagogia Pitanga Pr  UNICENTRO
Disciplina: Educação Física
Ano
Fato
Século XIX
Vinculada às instituições militares e à classe médica. Favorecia a educação do corpo, tendo como meta à constituição de um físico saudável e equilibrado organicamente, menos suscetível as doenças.
1851
Com a Reforma Couto Ferraz, tornou a Educação Física obrigatória nas escolas do município da Corte.
1882
Rui Barbosa deu seu parecer sobre o Projeto 224 – reforma Leôncio de Carvalho, decreto nº 7.247 de 19 de abril de 1879, da Instrução Pública, defendeu a inclusão da ginástica nas escolas e a equiparação dos professores de ginástica aos das outras disciplinas.
Século XX
No início deste século, a Educação Física, ainda sob o nome de ginástica, foi incluída nos currículos dos estados da Bahia, Ceará, Distrito Federal, Minas Gerais, Pernambuco e São Paulo. A educação brasileira estava sobre forte influência do movimento escolanovista, que evidenciou a importância da Educação Física no desenvolvimento integral do ser humano. Era baseada nos métodos europeus, que se firmavam em princípios biológicos.
A partir de 1929
A disciplina de Educação Física tornou-se obrigatória nas instituições de ensino para crianças a partir de seis de idade e para os ambos os sexos, por meio de um anteprojeto publicado pelo então Ministro da Guerra, General Nestor Sezefredo Passos.
1930
No Brasil, dentro de um contexto histórico e político mundial, com ascensão das ideologias nazistas e fascistas, ganham força novamente as ideias que associam a eugenização da raça a Educação Física. O exército passou a ser a principal instituição a comandar um movimento em prol do “ideal” da Ed. Física que se mesclava aos objetivos patrióticos e de preparação pré-militar. Eugênico: objetivos higiênicos, prevenção de doenças. A inclusão nos currículos não havia garantido a sua implementação prática, principalmente nas escolas primárias. Com o processo de Industrialização a disciplina ganha novas atribuições: fortalecer o trabalhador, melhorando sua capacidade produtiva, desenvolver o espírito de cooperação em benefício da coletividade.
Final da década de 1930 e início da década de 1940
Ocorreu o que o Conselho denomina como um processo de “desmilitarização” da Educação Física brasileira, isto é, a predominância da instrução física militar começou a ser sobreposta por outras formas de conhecimento sobre o corpo e, com o fim da II Guerra Mundial, teve início um intenso processo de difusão do esporte na sociedade e, consequentemente, nas escolas brasileiras.
1942
A Lei Orgânica do Ensino Secundário, promulgada em 09 de abril de 1942, permitiu a entrada das práticas esportivas na escola, dividindo um espaço até então predominantemente configurado pela instrução militar.
1961
Com a LDBN deste ano, ficou determinado a obrigatoriedade da Ed. Física para o ensino primário e médio, sendo assim, o esporte passou a ocupar cada vez mais espaço nas aulas desta disciplina.

1964
Sofreu as influências da tendência tecnicista, assim o ensino era visto como uma maneira de se formar mão de obra qualificada. Nesta época ocorreu a difusão dos cursos técnicos profissionalizantes. Deste modo a disciplina era voltada para o desempenho físico e técnico do aluno.
1968 e 1971
Com a Lei nº5.540 e Lei nº 5.692, tem seu caráter instrumental reforçado: era considerada uma atividade prática, voltada para o desempenho técnico e físico do aluno. Com o decreto nº 69.450/71, considerou-a como “a atividade que, por seus meios, processos e técnicas, desenvolve e  aprimora forças físicas, morais, cívicas, psíquicas e sociais do educando”.
1980
Estava voltada principalmente para a escolaridade de quinta a oitava séries do primeiro grau, passou a priorizar o segmento de primeira a quarta e também a pré-escola. O enfoque passou a ser o desenvolvimento psicomotor, tirando da escola a função de promover os esportes de alto rendimento. Mas isto não chegou a ser efetivado, pois os esportes de alto rendimento ainda são as principais atividade desta disciplina.
1990
Foi elaborado o documento intitulado Reestruturação da Proposta Curricular do Ensino de Segundo Grau – Paraná, também para a disciplina de Educação Física. Representou um marco para a disciplina, destacou a dimensão social da Educação Física e possibilitou a consolidação de um novo entendimento em relação ao movimento humano, como expressão da identidade corporal, como prática social e como uma forma do homem se relacionar com o mundo. A proposta valorizou a produção histórica e cultural dos povos, relativa à ginástica, à dança, aos esportes, aos jogos e às atividades que correspondem às características regionais.
1996
Com a LDB nº 9.394 buscou-se transformar o caráter que a Ed. Física assumiu nos últimos anos ao explicitar no art. 26 §3º, que “a Educação Física, integrada à proposta pedagógica da escola, é componente curricular da Educação Básica, ajustando-se às faixas etárias e às condições da população escolar, sendo facultativa nos cursos noturnos”. Dessa forma, ela deve ser exercida em toda a escolaridade de primeira a oitava série.  Passa a ser obrigatória, sendo facultativa ao aluno quando:
·         Há jornada de trabalho for igual ou superior a 6 horas;
·         For maior de 30 anos;
·         Estiver prestando serviço militar;
·         Quando tiver doenças graves.
·         Tem filhos.

Referências:
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Educação Física. Curitiba: SEED, 2008

BRASIL. Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais: Educação Física. Secretária da Educação Fundamental. 3 Ed. – Brasileira: A secretaria, 2001. 

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